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Marinha israelense aborda barcos da flotilha com Greta Thunberg a 80 milhas de Gaza

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Tel Aviv, 1º de outubro de 2025. A Marinha de Israel iniciou nesta quarta-feira (1º) a interceptação da Flotilha Global Sumud, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 500 ativistas, entre eles a sueca Greta Thunberg. A ação ocorreu em águas internacionais do Mar Mediterrâneo, aproximadamente 80 milhas náuticas da Faixa de Gaza.

De acordo com os organizadores, militares israelenses já subiram a bordo do Alma — navio líder da expedição —, além das embarcações Adara e Sirius. Imagens transmitidas ao vivo nas redes sociais e reproduzidas pelo jornal Times of Israel mostraram ativistas no Adara jogando seus telefones ao mar durante a abordagem.

Antes da interceptação, a tripulação do Alma recebeu, por rádio, o aviso: “Por favor, preparem-se para intercepção”. O colaborador espanhol Néstor Prieto, que viaja em outro barco da flotilha, relatou à agência EFE que o procedimento começou depois que o radar apontou a aproximação de cerca de 20 navios não identificados. Segundo Prieto, os integrantes vestiram coletes salva-vidas e se posicionaram na popa à espera dos soldados israelenses.

Em mensagem publicada no Telegram, a organização da flotilha afirmou que “não se deixará intimidar por ameaças ou assédio” e prometeu seguir tentando romper o bloqueio marítimo imposto por Israel ao território controlado pelo Hamas.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) haviam advertido repetidas vezes que a frota não poderia entrar em Gaza e deveria alterar sua rota. O governo israelense acusa parte dos organizadores de manter vínculos com o Hamas e alega risco de contrabando de suprimentos que beneficiariam militarmente o grupo islamista.

O chanceler italiano, Antonio Tajani, declarou à emissora estatal RAI que recebeu garantias do ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, de que não haverá uso de força contra cidadãos europeus a bordo. Tajani acrescentou que a Itália prepara assistência consular para seus nacionais que forem levados ao porto de Ashdod, de onde deverão ser deportados.

Com informações de Gazeta do Povo