O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) marcou para esta quarta-feira, 1.º de outubro, uma reunião com representantes da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) para discutir o projeto de lei que pretende alterar a dosimetria das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Relator da proposta na Câmara, Paulinho também informou que pretende ouvir a opinião do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT). Segundo o parlamentar, Dirceu é um “amigo desde a década de 1980” e pode oferecer “uma visão até contrária, mas relevante” antes da apresentação do parecer final.
Articulação com diferentes alas políticas
Na tarde de terça-feira (30), o deputado esteve com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outras lideranças da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. Paulinho afirmou que só apresentará o relatório após construir um entendimento com o Senado.
Sobre o conteúdo do texto, o relator garantiu que não defenderá uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. “Meu relatório será curto e grosso, mexe em duas ou três penas e busca pacificar o país”, declarou, citando o longo voto do ministro Luiz Fux no julgamento que envolveu Bolsonaro como contraponto ao seu objetivo de síntese.
Críticas da associação de familiares
Em nota, a Asfav criticou a ideia de rever a dosimetria. Para o grupo, inocentes não podem ser tratados como “meio culpados”, especialmente após já terem cumprido medidas como prisão preventiva, uso de tornozeleira eletrônica e outras cautelares. A entidade sustenta que reduzir penas ou conceder benefícios parciais “não é justiça”.
Com informações de Gazeta do Povo
