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Pesquisa aponta Starmer com menor aprovação para um primeiro-ministro britânico em 50 anos

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Uma sondagem da Ipsos divulgada em 27 de setembro indica que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer (Partido Trabalhista), registra o pior índice de aprovação para um chefe de governo desde o início da série histórica, em 1977.

De acordo com o levantamento, realizado entre 11 e 17 de setembro com mais de 1,1 mil adultos, apenas 13 % dos entrevistados disseram estar satisfeitos com o desempenho de Starmer, enquanto 79 % manifestaram insatisfação.

Desempenho dos partidos

A mesma pesquisa revela que o Partido Trabalhista tem hoje 22 % das intenções de voto, três pontos percentuais a menos que em junho e o menor patamar da sigla desde 2009. O Reform UK, liderado por Nigel Farage, aparece na frente com 34 %, abrindo 12 pontos sobre os trabalhistas. Os conservadores permanecem em sua pior fase histórica, somando 14 %, o menor índice registrado pela Ipsos desde 1976.

Segundo o instituto, o Reform UK mantém a fidelidade de 89 % de quem votou no partido em 2024 e ainda atrai 39 % dos eleitores conservadores. Já o Partido Trabalhista retém apenas metade de sua base de 2024, perdendo apoiadores para liberais-democratas, verdes e para a legenda de Farage.

Liderança em xeque

A divulgação dos números ocorreu na véspera da conferência anual do Partido Trabalhista, realizada em 28 de setembro em Liverpool. Starmer chegou ao encontro pressionado pela saída de sua vice-primeira-ministra, Angela Rayner, e pela renúncia do embaixador britânico nos Estados Unidos, o que ampliou questionamentos sobre sua liderança.

No mesmo período, cresceu a especulação de que Andy Burnham, prefeito de Manchester, possa disputar o comando do partido. Paralelamente, a pesquisa mostra Nigel Farage como o nome mais citado pelos eleitores para ocupar o cargo de primeiro-ministro: 25 % o escolheram, contra 19 % que preferem Starmer e 9 % que mencionaram Kemi Badenoch, atual líder conservadora.

Para Gideon Skinner, diretor sênior de política do Reino Unido na Ipsos, os números evidenciam “o tamanho do desafio” enfrentado por Starmer. O analista também atribui a vantagem do Reform UK ao “desejo de mudança” entre os eleitores e à preocupação contínua com a imigração.

Com informações de Gazeta do Povo