O Hamas declarou nesta terça-feira (30) que está avaliando, junto a outras facções da Faixa de Gaza, a proposta de 20 pontos apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra no enclave palestino.
Em entrevista à agência Associated Press, o grupo não forneceu prazo para responder oficialmente ao governo norte-americano. O anúncio do Hamas ocorreu um dia depois de Trump detalhar o plano, que condiciona o fim das hostilidades ao desarmamento e rendição total da organização. O documento também exclui o movimento de qualquer futuro governo de transição em Gaza.
Reação israelense
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, manifestou apoio imediato à iniciativa, afirmando que o conteúdo coincide com os cinco princípios definidos por seu gabinete para encerrar o conflito: libertação dos reféns, desarmamento do Hamas, desmilitarização de Gaza, controle israelense da segurança do território e a formação de um governo sem participação do Hamas.
Netanyahu acrescentou que a Autoridade Palestina — que administra partes da Cisjordânia — só poderá ter papel no futuro de Gaza após uma “reforma radical”. O premiê advertiu ainda que, caso o Hamas rejeite a proposta americana, as forças israelenses prosseguirão com as operações militares “até completar o trabalho”, em referência à eliminação do grupo.
Apoio internacional
Além de Israel, aliados europeus de Washington também expressaram respaldo ao plano divulgado pela Casa Branca, cujo objetivo é pôr fim a uma guerra que já se estende por anos no enclave.
O Hamas, entretanto, mantém cautela e reforça que só apresentará posição oficial após consultar todas as facções presentes em Gaza.
Com informações de Gazeta do Povo