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Deputado solicita à CPMI registros de voo de jatinho usado por Weverton Rocha e suposto “Careca do INSS”

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O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) protocolou na última sexta-feira (26) um requerimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O parlamentar pede à comissão todos os registros de voo e deslocamentos dos últimos 48 meses da aeronave modelo Beech Aircraft F90, prefixo PT-LPL, utilizada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA).

Segundo o pedido, o avião teria sido compartilhado pelo senador com o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, investigado na “Operação Sem Desconto”, que apura um esquema de R$ 6 bilhões em aposentadorias fraudulentas.

O que o deputado quer

Melo solicita:

  • a relação completa dos planos de voo apresentados e efetivamente realizados nos últimos quatro anos, com datas, horários, aeroportos de origem e destino, duração do trajeto e possíveis alterações;
  • a identificação de tripulantes e passageiros de cada deslocamento;
  • eventuais autorizações especiais ou documentos complementares vinculados à aeronave.

De acordo com o deputado, os dados são necessários para averiguar “possíveis coincidências nos deslocamentos, compartilhamento da aeronave, financiamento de viagens ou uso logístico do avião em atividades ilícitas”. O requerimento ainda será votado pelo colegiado.

Proprietário e conexões

O jatinho pertence a Erik Marinho, advogado que defende Antunes no Supremo Tribunal Federal (STF). A propriedade formal da empresa à qual o avião está registrado está em nome da esposa de Marinho, cuja convocação para depor também foi solicitada por Melo.

Versões dos envolvidos

Procurado pelo portal Metrópoles, Rocha declarou que apenas “pegou carona” e negou ter viajado com Antunes. Já Marinho confirmou que tanto o senador quanto o empresário usaram a mesma aeronave, classificando o fato como “coincidência”.

Embora não seja investigado pela CPMI, Rocha foi questionado por ter recebido Antunes em seu gabinete e em sua residência, além de manter um ex-assessor suspeito de ligação com o operador financeiro do esquema. Em depoimento à comissão, esse operador afirmou ter se reunido recentemente com o ex-assessor. O senador alega que a nomeação foi “estritamente política” e que não tem contato com Antunes desde 2023.

A CPMI ainda não definiu a data para analisar o requerimento.

Com informações de Gazeta do Povo