A Autoridade Palestina declarou nesta segunda-feira, 29 de setembro de 2025, apoio ao “Plano Abrangente para Encerrar o Conflito em Gaza”, apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Em nota divulgada pela agência oficial Wafa, o órgão comandado por Mahmoud Abbas afirmou “confiança na capacidade” de Trump para viabilizar um cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns israelenses e a retirada total de Israel do enclave palestino. O documento também reforça adesão à solução de dois Estados, com a criação de um Estado palestino soberano e vizinho de Israel em condições de segurança.
O plano americano, composto por 20 pontos, prevê o desmonte do Hamas, a desmilitarização de Gaza e a transferência gradual de poder a uma administração palestina reformulada. A proposta foi negociada com apoio de Arábia Saudita, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Paquistão, Indonésia e Turquia.
Compromissos e reformas internas
No comunicado, a Autoridade Palestina se comprometeu a trabalhar com Washington, países árabes e parceiros internacionais para garantir ajuda humanitária, proteger civis e impedir anexações de território. Entre as medidas anunciadas estão:
- Realização de eleições presidenciais e parlamentares no prazo máximo de um ano após o fim da guerra;
- Respeito, por todos os candidatos, aos acordos internacionais firmados pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP);
- Implementação do princípio “uma autoridade, uma lei, uma força de segurança legítima”;
- Criação de um Estado palestino democrático e não militarizado;
- Atualização do material didático segundo parâmetros da Unesco;
- Substituição do pagamento de benefícios a famílias de presos ou militantes mortos por um programa de bem-estar social auditado internacionalmente.
Ao endossar publicamente o plano de paz, a Autoridade Palestina aumenta a pressão sobre o Hamas, que controla Gaza desde 2007 e ainda avalia a proposta norte-americana.
O comunicado encerra manifestando disposição para “colaborar estreitamente” com os Estados Unidos e nações da região “a fim de colocar fim definitivo ao conflito e construir um futuro pacífico para palestinos e israelenses”.
Com informações de Gazeta do Povo