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Morre em Havana Assata Shakur, ex-integrante dos Panteras Negras condenada por matar policial nos EUA

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HAVANA – O Ministério das Relações Exteriores de Cuba anunciou na última sexta-feira, 26 de setembro, a morte de Joanne Deborah Byron, conhecida como Assata Shakur, ex-membro do Partido dos Panteras Negras. A ativista norte-americana, que tinha 78 anos, faleceu em Havana em razão de complicações de saúde associadas à idade.

Condenação nos Estados Unidos

Nascida em 16 de julho de 1947, Shakur foi considerada figura central dos movimentos afro-americanos dos anos 1970. Em 2 de maio de 1973, ela foi detida após uma troca de tiros que resultou na morte de um policial estadual em Nova Jersey. Acusada de diversos crimes, foi condenada à prisão perpétua em 1977.

Fuga e asilo em Cuba

Dois anos após a sentença, em 1979, Shakur escapou da prisão de segurança máxima de Hunterdon County, no mesmo estado. Depois de cinco anos foragida, chegou a Havana em 1984, durante a Guerra Fria, onde recebeu asilo político do governo de Fidel Castro.

Desde então, Washington solicitou repetidamente sua extradição, inclusive durante o processo de reaproximação bilateral na era Barack Obama. Cuba manteve a negativa, citando razões políticas. Em 2005, o FBI incluiu Shakur na lista dos terroristas mais procurados e ofereceu recompensa por sua captura.

Residente na capital cubana por mais de quatro décadas, a ex-pantera negra manteve vida reclusa, rompendo o silêncio publicamente apenas em 1988, quando lançou a autobiografia “Assata”.

Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre cerimônias fúnebres ou traslado do corpo.

Com informações de Gazeta do Povo