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Maioria na UEFA apoia suspensão da seleção de Israel, e EUA entram em campo para barrar medida

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A União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) enfrenta forte mobilização interna para retirar a seleção israelense das competições continentais. Segundo o jornal britânico The Times, a maioria dos 55 membros da entidade defende o banimento do país, pressionado por alegações de genocídio na Faixa de Gaza.

A discussão ganhou força após relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) defenderem, em 23 de setembro, a exclusão de equipes nacionais envolvidas em violações graves de direitos humanos. O caso é comparado ao da Rússia, afastada pela UEFA e pela FIFA depois da invasão à Ucrânia em 2022.

Campanha palestina e reação israelense

A Associação Palestina de Futebol intensificou os pedidos de suspensão, especialmente após a morte do jogador Suleiman al-Obeid, conhecido como “Pelé palestino”, durante um bombardeio em agosto. Para o governo israelense, a proposta representa “politização perigosa” do esporte.

O Ministério da Cultura e do Esporte de Israel, chefiado por Miki Zohar, informou ao Jerusalem Post que atua em conjunto com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e com o presidente da Associação Israelense de Futebol, Shino Zoertz, para evitar a punição. A pasta declarou que as tratativas ocorrem sem declarações públicas para não prejudicar as negociações.

Pressão por votação emergencial

Fontes do Jerusalem Post indicam que o presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, vem sendo pressionado a antecipar a análise do tema. Normalmente, o Comitê Executivo se reúne presencialmente a cada poucos meses, mas há possibilidade de uma sessão extraordinária — até mesmo virtual — para deliberar sobre Israel.

Intervenção de Washington

O governo dos Estados Unidos, comandado pelo presidente Donald Trump, manifestou apoio a Israel. Em declarações ao The Athletic e à Sky News, o Departamento de Estado afirmou que “trabalhará com afinco para impedir qualquer tentativa de banir a seleção israelense de futebol da Copa do Mundo”.

Caso a suspensão seja aprovada, Israel poderá recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, Suíça. A medida afetaria não só a equipe nacional, mas também os clubes do país, que ficariam fora da Liga dos Campeões, da Liga Europa e das eliminatórias internacionais.

Israel passou a integrar a UEFA nos anos 1970 após ser expulso da confederação asiática por boicotes semelhantes.

Com informações de Gazeta do Povo