O Ministério da Justiça encaminhou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS um pedido de prorrogação de uma semana para enviar os documentos requisitados pelo colegiado. A solicitação foi feita após o prazo inicial determinado pelos parlamentares, intensificando o clima de confronto entre Executivo e Legislativo.
A CPMI, instalada há um mês, investiga um esquema que teria provocado descontos bilionários e indevidos em aposentadorias e pensões, envolvendo bancos, entidades de classe e intermediários. O volume de informações solicitado à pasta inclui relatórios, correspondências internas e registros de transações financeiras.
Reações divergentes
Parlamentares da oposição acusam o governo de atrasar deliberadamente a investigação e defendem a adoção de medidas mais duras se o novo prazo não for cumprido. Integrantes da base governista, por outro lado, argumentam que o material exigido é extenso e exige tempo adicional para ser compilado de forma completa.
Risco de atrasar os trabalhos
Nos bastidores, líderes da CPMI avaliam que a demora pode comprometer o ritmo das apurações. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), avisou que não aceitará sucessivos adiamentos para evitar prejudicar o cronograma do relatório final. Apesar das críticas, a expectativa é de que o colegiado aprove a prorrogação, mas com a ressalva de que novos pedidos não serão admitidos.
A entrega dos documentos dentro do novo prazo será decisiva para definir os próximos passos da investigação e manter o cronograma das oitivas já agendadas.
Com informações de Gazeta do Povo