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Justiça autoriza prisão domiciliar para idosa com câncer sentenciada pelo 8 de Janeiro

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A Justiça determinou na sexta-feira, 26 de setembro de 2025, que Sônia Teresinha Possa, 68 anos, passe a cumprir pena em prisão domiciliar em Curitiba. A contadora aposentada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de reclusão por envolvimento nos atos de 8 de Janeiro de 2023.

Portadora de um câncer de pele maligno, Sônia estava custodiada no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR). O alvará do Tribunal de Justiça do Paraná ordena que a transferência seja imediata, mesmo na ausência de tornozeleira eletrônica, e prevê monitoramento assim que o equipamento estiver disponível.

Segundo familiares, Sônia viajou a Brasília em 2023 para conhecer a capital e participar de orações. A acusação não apresentou provas de vandalismo, mas utilizou imagens encontradas no celular da ré. No julgamento, apenas os ministros André Mendonça e Nunes Marques votaram contra a condenação.

Antes de chegar à unidade médica, a idosa ficou mais de um ano na Penitenciária Feminina de Piraquara (PR). O filho, Renan Possa, relatou perda de peso e constrangimentos sofridos pela mãe durante o encarceramento. O caso ganhou apoio de políticos, entre eles o vereador curitibano Guilherme Kilter (Novo), que classificou a situação como injusta.

Relator dos processos relacionados aos eventos de 8 de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes enquadrou Sônia nos chamados “delitos multitudinários”. Críticos da decisão alegam falta de provas individualizadas e defendem a libertação definitiva da ré.

Em episódio semelhante, em junho de 2024, Moraes autorizou o professor aposentado Jaime Junkes, também de 68 anos, a cumprir pena em casa após manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República.

Com informações de Gazeta do Povo