Um grande júri federal em Alexandria, no estado da Virgínia, indiciou nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, o ex-diretor do FBI James Comey pelos crimes de declarações falsas e obstrução da Justiça.
Comey chefiou o FBI entre 2013 e 2017 e conduziu a investigação sobre possíveis ligações da campanha presidencial de Donald Trump com a Rússia em 2016, caso que ficou conhecido como Russiagate. Ele foi demitido por Trump em maio de 2017.
As acusações se baseiam no depoimento prestado por Comey ao Congresso dos Estados Unidos em setembro de 2020. Na ocasião, o ex-diretor afirmou que não sabia nem havia autorizado o vazamento de informações ao jornal The Wall Street Journal sobre uma apuração do Departamento de Justiça (DOJ) a respeito dos e-mails da então candidata democrata Hillary Clinton.
Depois do depoimento, o senador republicano Ted Cruz enviou carta ao DOJ informando que o ex-diretor-adjunto do FBI Andrew McCabe admitiu ter autorizado o vazamento e que Comey estava ciente da decisão.
A denúncia foi apresentada pela procuradora interina Lindsey Halligan, nomeada por Donald Trump no início da semana, após a renúncia de seu antecessor, que teria se recusado a acusar Comey.
Pela rede social X, a procuradora-geral Pamela Bondi declarou: “Ninguém está acima da lei. A acusação de hoje reflete o compromisso deste Departamento de Justiça em responsabilizar aqueles que abusam de posições de poder para enganar o povo americano. Seguiremos os fatos deste caso”.
Em sua plataforma Truth Social, Donald Trump comemorou a decisão do júri. “Um dos piores seres humanos a que este país já foi exposto é James Comey. Hoje ele foi indiciado por dois crimes graves envolvendo diversos atos ilegais. Agora está prestes a ser responsabilizado por seus crimes contra a nação”, afirmou o ex-presidente.
Até o momento, James Comey não se pronunciou sobre o indiciamento.
Com informações de Gazeta do Povo
