O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, falou por vídeo à Assembleia Geral das Nações Unidas nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, depois de ter o visto de entrada nos Estados Unidos revogado pelo governo Donald Trump sob a alegação de “apoio ao terrorismo”.
No pronunciamento, Abbas acusou Israel de praticar “genocídio, destruição, fome e deslocamento” contra os palestinos e afirmou que seu governo está pronto para assumir “total responsabilidade pela governança e segurança” da Faixa de Gaza.
O líder palestino reiterou acusações de que Israel viola o direito internacional com crimes de guerra e contra a humanidade. Ao mesmo tempo, condenou o Hamas pelo massacre de 7 de outubro de 2023 em território israelense e declarou que o grupo “não terá voz” em um futuro governo de Gaza, devendo entregar suas armas à Autoridade Palestina.
Abbas agradeceu aos países que reconheceram recentemente o Estado palestino, citando Reino Unido e França, e pediu que as demais nações sigam o mesmo caminho. Israel já declarou que não aceitará esse reconhecimento.
Encerrando o discurso, o presidente palestino conclamou a comunidade internacional a “fazer o que é certo” para pôr fim à ocupação e afirmou que a bandeira palestina “tremulará alto” como símbolo de liberdade. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve se pronunciar na ONU nesta sexta-feira, 26 de setembro.
Com informações de Gazeta do Povo
