Nova York – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (23) que a Ucrânia tem condições de reconquistar todas as áreas ocupadas pela Rússia desde o início da invasão, caso conte com apoio financeiro e militar da União Europeia e, sobretudo, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A afirmação foi publicada minutos depois de um encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em meio à 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Em mensagem na rede Truth Social, Trump escreveu que, após analisar “completamente” a situação militar e econômica dos dois países, concluiu ser “muito possível” restaurar as fronteiras originais da Ucrânia.
“Com tempo, paciência e suporte financeiro da Europa, especialmente da Otan, a Ucrânia pode recuperar todo o seu território”, registrou o republicano. Ele acrescentou que Moscou é um “tigre de papel” e que o povo russo ainda não percebeu o impacto da guerra na própria economia.
Trump também prometeu continuar fornecendo armamentos à Aliança Atlântica, “para que a Otan faça o que quiser com eles”. Durante a reunião com Zelensky, defendeu uma reação mais dura a violações de espaço aéreo por aviões ou drones russos. Questionado se os aliados deveriam derrubar essas aeronaves em futuras incursões, respondeu: “Sim, eu apoio”.
Nos últimos meses, Polônia, Estônia e Noruega relataram entradas não autorizadas de equipamentos russos em seus territórios. A mudança de tom do líder norte-americano foi elogiada por Zelensky, que classificou a posição como “muito positiva” e afirmou que Trump se mostrou disposto a oferecer garantias de segurança à Ucrânia após o conflito.
Até então, Trump vinha sugerindo que Kiev aceitasse concessões territoriais para encerrar a guerra. Ao afirmar que este é “o momento” para a Ucrânia agir e reforçar o envio de armas, o presidente norte-americano se aproxima das expectativas ucranianas e pressiona por maior engajamento europeu.
A reunião desta terça-feira foi a quarta entre os dois chefes de Estado desde que Trump reassumiu a Casa Branca em janeiro.
Com informações de Gazeta do Povo
