O cientista político Lawrence Maximus publicou, nesta terça-feira (23), um artigo no qual condena a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. No texto, Maximus afirma que a defesa do reconhecimento de um Estado palestino após o ataque de 7 de outubro de 2023, atribuído ao grupo Hamas, equivale a “premiar perpetradores do terror”.
De acordo com o autor, reconhecer a Palestina nesse contexto configuraria “apologia tácita ao terrorismo” e demonstraria “compreensão distorcida” dos valores que as nações ocidentais dizem defender. Para sustentar o argumento, Maximus lembra que a Palestina é vista por parte da comunidade internacional como um Estado em formação, mas que, na sua avaliação, ainda não cumpre todos os requisitos da Convenção de Montevidéu (1933) para ter soberania plena.
No artigo, o analista reforça que o reconhecimento de um Estado palestino, hoje, é essencialmente um ato político de apoio ao direito de autodeterminação, sem alterar a ausência de controle efetivo de território. Ele também observa que a falta de unanimidade no Conselho de Segurança da ONU — especialmente devido ao poder de veto dos Estados Unidos — impede a oficialização plena da Palestina como Estado-membro.
Maximus classifica a Assembleia Geral como “um circo político alheio à realidade” e afirma que o principal beneficiado pelas discussões é o Hamas. Para ele, quando “terroristas aplaudem”, não há promoção da paz, mas “promovem-se o terrorismo”.
Além de cientista político, Lawrence Maximus é mestre em Ciência Política, professor e escritor, com foco em Israel e Oriente Médio. O artigo foi publicado no portal Pleno.News às 14h13.
Com informações de Pleno.News