Brasília – O advogado Martin de Luca, representante de Donald Trump em ações judiciais no Brasil, contestou publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes por elogiar manifestações populares realizadas recentemente.
Em postagem na rede social X, publicada em 22 de setembro de 2025, às 10h33, De Luca afirmou que a mensagem do magistrado compromete a imparcialidade esperada de um integrante da Corte.
“Um juiz deve encarnar a imparcialidade. O senhor celebra abertamente atos orquestrados pelo partido no poder, atos nos quais o próprio STF é exaltado como ator político. Isso não é independência judicial; é ativismo político”, escreveu o advogado, respondendo diretamente ao comentário de Mendes.
Críticas a artistas e recursos públicos
Na mesma publicação, De Luca atacou a presença de artistas nos eventos, classificando-a como “alinhamento artificial” financiado pelo governo federal. Segundo o advogado, os profissionais teriam sido atraídos por incentivos econômicos vinculados à administração Lula.
Ele citou que, nos dois primeiros anos do atual mandato presidencial, foram autorizados R$ 34,4 bilhões em projetos via Lei Rouanet — mais que o dobro dos quatro anos de Jair Bolsonaro, que somaram cerca de R$ 16 bilhões. O defensor acrescentou que estatais como Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e BNDES ampliaram em 250% os orçamentos de patrocínio cultural em 2024, aportando quase R$ 1 bilhão em shows e festivais.
Histórico de atuação
Especialista em litígios internacionais, De Luca representou a equipe de Trump em uma ação nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, sob acusação de censura. O advogado defende ainda o norte-americano Marc Fogel, preso na Rússia.
Até o momento, Gilmar Mendes não respondeu às críticas publicamente.
Com informações de Gazeta do Povo
