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Maduro mobiliza civis e ensina uso de armas contra possível invasão dos EUA

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Caracas — O governo de Nicolás Maduro promoveu no sábado, 20 de setembro de 2025, um treinamento militar voltado a civis em caravanas comunitárias espalhadas por diversas cidades da Venezuela. A iniciativa, segundo o Palácio de Miraflores, pretende preparar voluntários para reagir a uma eventual invasão dos Estados Unidos.

O presidente e o ministro do Interior, Diosdado Cabello, convocaram publicamente a população a aderir à mobilização. “Que se juntem todos os venezuelanos, do partido que for. O mais importante é defender a pátria”, afirmou Cabello durante ato em Petare, bairro popular de Caracas.

Baixa adesão e estrutura do treinamento

Apesar do chamado oficial, a adesão ficou aquém do esperado. Apenas 25 blindados circularam pela capital para apoiar as atividades, que reuniram cerca de 30 participantes. Os militares ofereceram um curso básico de manuseio de armas, dentro do chamado “Método Tático de Resistência Revolucionária (MTRR)”, que inclui técnicas de camuflagem, sobrevivência e instruções de cunho ideológico.

Tensão com Washington

A mobilização ocorre em meio ao aumento da tensão entre Caracas e Washington. Há cerca de um mês, os Estados Unidos enviaram oito navios de guerra ao Caribe com o argumento de intensificar o combate ao tráfico de drogas. Durante a operação, a Marinha norte-americana destruiu três embarcações, ação que resultou na morte de 14 pessoas.

O governo venezuelano acusa os EUA de planejar uma “mudança de regime” para controlar reservas de petróleo do país, acusação rejeitada pelo então presidente Donald Trump, que também ameaçou impor “consequências incalculáveis” caso Caracas não aceitasse o retorno de imigrantes deportados.

A mobilização civil prosseguirá, de acordo com o regime, “até que todo venezuelano esteja apto a defender o território nacional”. Não há informações oficiais sobre novos cronogramas ou metas de recrutamento.

Com informações de Gazeta do Povo