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Intervision renasce em Moscou com tom político; Brasil leva axé ao palco

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Brasília — O Brasil participou, nos dias 19 e 20 de setembro de 2025, do relançamento do Intervision, festival musical recriado pelo Kremlin após a Rússia ser expulsa do Eurovision em 2022. A edição, realizada em Moscou, foi permeada por discursos sobre “multipolaridade” e “valores tradicionais”.

A delegação brasileira foi representada pela cantora Tais Nader e pelo maestro Luciano Calazans, que apresentaram a canção de axé “Pipoca com Amor”. O vencedor do concurso foi o vietnamita Duc Phuc, com uma música que exalta o bambu.

Festival soviético reinventado

Batizado oficialmente de Festival Internacional da Canção, o Intervision ressurgiu como alternativa ao Eurovision. O evento teve dois apresentadores russos, um indiano e um chinês, além de uma abertura conduzida pela cubana Zulema Iglesias, 55 anos, que cantou “Guaguancó”.

A norte-americana Vassy cancelou sua participação horas antes da apresentação; os anfitriões atribuíram a desistência a “pressão política sem precedentes”. Mesmo ausente, os Estados Unidos foram citados em diversos momentos por conta do cancelamento.

Presença e mensagens do Kremlin

O presidente Vladimir Putin enviou um vídeo gravado, no qual declarou esperar que o concurso “se torne um dos mais conhecidos e estimados do mundo”. Já o chanceler Serguei Lavrov compareceu pessoalmente e falou rapidamente à imprensa após a performance de Cuba.

Júri e bastidores

Entre os jurados esteve Joe Lynn Turner, ex-vocalista das bandas Deep Purple e Rainbow, que afirmou “saber como o país mudou” desde os anos 1990. Nos bastidores, convidados relataram já ter escolhido seus votos antes mesmo do início das exibições.

Representação global

Além do Brasil, a competição reuniu artistas de Belarus, Sérvia, Vietnã, Egito, Emirados Árabes, Índia, Cazaquistão, Catar, China, Quênia, Quirguistão, Madagascar, Arábia Saudita, Tajiquistão, Etiópia, Uzbequistão, África do Sul e Rússia. A América Latina contou ainda com Omar Acedo (Venezuela) e Nidia Góngora (Colômbia), esta última dedicada a um mangueiro, gênero típico de seu país.

Os shows combinaram pop contemporâneo com elementos folclóricos, enquanto painéis digitais exibiam avatares criados por inteligência artificial para cada concorrente.

Com informações de Gazeta do Povo