O líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta sexta-feira (19) que está disposto a discutir a redução das punições impostas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, porém descartou qualquer possibilidade de anistia.
Em entrevista ao portal UOL, o parlamentar avaliou que o chamado Projeto de Lei da Dosimetria, em elaboração pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), representa um avanço em relação à proposta de perdão total. “Não vejo problema em diminuir a pena da chamada massa de manobra”, declarou, ressaltando que ainda não conhece o texto final, mas considera “possível o diálogo”.
Wagner argumentou que a anistia se aplica apenas a momentos de transição histórica, a exemplo do fim do regime militar (1964-1985). “Anistia é um instrumento usado para pacificar o país ao término de um ciclo de exceção. Não é o caso”, explicou. Para o senador, os atos de 8 de janeiro configuram “crime contra a democracia” e, portanto, não merecem perdão nem indulto.
O posicionamento difere do do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Em publicações na rede social X, Guimarães criticou a mobilização pela anistia, afirmando que “paralisar o Congresso para votar esse projeto é agir de costas para a sociedade”, a qual, segundo ele, se mostra contrária à medida em pesquisas recentes.
Guimarães defendeu que o Legislativo concentre esforços em pautas como a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e a regulamentação da reforma tributária, consideradas prioritárias pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com informações de Direita Online