A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em 19 de setembro, uma declaração que defende a criação de dois Estados – Israel e Palestina – iniciativa articulada por França e Arábia Saudita e apoiada pelo Brasil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento também pede a reunificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia sob comando da Autoridade Palestina, liderada por Mahmoud Abbas.
A votação ocorreu poucos dias antes de uma reunião marcada para 22 de setembro, paralela à própria Assembleia Geral, na qual União Europeia, Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Bélgica, Brasil e outros países devem oficializar o reconhecimento de um Estado palestino.
Críticas norte-americanas
O governo dos Estados Unidos classificou a decisão como “propaganda falaciosa” que, segundo Washington, dificulta negociações sérias de paz. A diplomata norte-americana Morgan Ortagus afirmou no plenário: “Que não pairem equívocos: esta resolução é um presente para o Hamas.”
Posição de Israel
O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, rejeitou o texto, chamando-o de “unilateral” e argumentando que “o único beneficiário é o Hamas”. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou que “não haverá um Estado palestino”.
Visto negado a Abbas
Em meio às tensões, os Estados Unidos negaram visto a Mahmoud Abbas, impedindo a participação do líder da Autoridade Palestina na sessão da Assembleia Geral em Nova Iorque.
Com informações de Pleno.News