Brasília – O ex-governador do Ceará e quatro vezes candidato ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes (PDT), declarou que não pretende mais concorrer à Presidência da República. A afirmação foi feita em 19 de setembro de 2025, durante entrevista à rádio Itatiaia, em Contagem (MG), onde cumpria agenda política.
Segundo Ciro, a atual situação do país, que ele atribui à “maluquice” dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, tornou o desafio de governar o Brasil praticamente insolúvel. “Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade; sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e Bolsonaro produziu”, afirmou.
Questionado sobre o futuro, Ciro reforçou que não deseja “importunar os eleitores” novamente. Insatisfeito com a direção nacional do PDT, o ex-ministro sinalizou a possibilidade de deixar a sigla para disputar o Governo do Ceará — cargo que ocupou entre 1991 e 1994. De acordo com lideranças tucanas no estado, o destino mais provável seria o PSDB, embora o União Brasil também sonde sua filiação.
Pesquisa mostra cenário competitivo
Mesmo declarando-se fora da corrida presidencial, Ciro aparece bem posicionado em levantamento Genial/Quaest divulgado em 18 de setembro. No cenário de segundo turno testado pelo instituto, Lula marca 40% das intenções de voto, contra 33% do pedetista.
Críticas à polarização
Ao longo dos últimos anos, Ciro tem buscado se apresentar como alternativa à polarização entre petistas e bolsonaristas. Em vídeo divulgado em julho, classificou a disputa como “polarização de araque” e criticou tanto Lula quanto a família Bolsonaro pela postura diante do “tarifaço” anunciado pelo então presidente norte-americano, Donald Trump.
Sem fixar prazos para anunciar seu próximo passo, Ciro reiterou que a prioridade agora é contribuir com o debate regional no Ceará. “Não quero mais ser candidato, não”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo