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Deputado sugere convocar irmã de Eliziane Gama na CPMI do INSS e recebe acusação de ameaça

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Brasília – Uma discussão acalorada marcou a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na tarde de quinta-feira (18/09/2025). O relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), mencionou a possibilidade de convocar a irmã da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para depor, provocando acusações de ameaça por parte da parlamentar e de integrantes da base governista.

A irmã da senadora ocupa o cargo de superintendente federal de Pesca e Aquicultura no Maranhão. O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitaram recentemente à Polícia Federal que apure possíveis irregularidades na concessão do Seguro-Defeso nos estados do Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Piauí. O benefício garante um salário mínimo mensal a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca para reprodução das espécies.

Segundo o MPA, o número de pescadores cadastrados nesses estados é considerado incompatível com a capacidade produtiva local, o que motivou o pedido de investigação. Como a CPMI também deve examinar supostas fraudes envolvendo o Seguro-Defeso, surgiu a expectativa de convocação da superintendente.

Troca de acusações

Durante o debate, Eliziane Gama reclamou do que classificou como tratamento desigual dispensado às mulheres na comissão. “Quero dizer para o senhor tratar as mulheres como o senhor trata os homens”, afirmou a senadora. Alfredo Gaspar rebateu: “A comissão não é um circo. A senhora me respeite. Eu não tratei ninguém mal.”

O clima esquentou quando a senadora o interrompeu: “Vai vir de tigrão para cima de mim? Me respeite o senhor, deputado. Vossa Excelência pensa que está falando com quem?” Em resposta, Gaspar declarou: “A senhora não se preocupe. A senhora está preocupada é com sua irmã ser convocada.” A frase levou Eliziane e parlamentares aliados ao governo a acusarem o relator de ameaçá-la.

A discussão prosseguiu até o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinar que o bate-boca fosse retirado dos registros oficiais da comissão.

Com informações de Gazeta do Povo