O chanceler da Venezuela, Yván Gil, reuniu-se na quarta-feira, 17 de setembro de 2025, com o embaixador da China em Caracas, Lan Hu, para aprofundar a cooperação estratégica entre os dois países. O encontro ocorreu em meio às críticas do governo de Nicolás Maduro às “ações hostis e ilegais” dos Estados Unidos, que mantêm uma operação naval no mar do Caribe voltada ao combate ao narcotráfico.
Segundo Gil, Pequim enviou uma “mensagem de apoio e solidariedade” aos esforços venezuelanos para preservar a paz e a segurança na região. O chanceler destacou ainda o compromisso de Maduro em “fortalecer a unidade regional diante de ameaças externas” e intensificar a “autêntica luta contra o narcotráfico” por meio de cooperação com países vizinhos.
Na véspera, terça-feira (16), Maduro classificou as “ameaças militares” dos Estados Unidos como um “problema de caráter internacional”. A Casa Branca afirma que a operação marítima visa frear o tráfico de drogas proveniente da Venezuela.
Força naval norte-americana
De acordo com informações de Washington, a iniciativa envolve o envio de pelo menos oito navios de guerra, um submarino nuclear de ataque rápido e mais de 4,5 mil militares ao Caribe. Nos últimos dias, diversas embarcações foram interceptadas por forças norte-americanas na região.
Resposta militar venezuelana
Em reação, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, anunciou na quarta-feira (17) a realização de um exercício militar que inclui manobras aéreas, marítimas e terrestres na ilha de La Orchila, território venezuelano no Caribe. A operação mobiliza mais de 2.500 efetivos durante três dias.
As autoridades de Caracas afirmam que o treinamento visa demonstrar capacidade de defesa e reforçar a soberania nacional diante da presença militar dos Estados Unidos na região.
Com informações de Gazeta do Povo