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Exames independentes indicam envenenamento de Alexei Navalny, diz viúva

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Berlim, 17 set. 2025 – Análises realizadas em laboratórios de dois países concluíram que o líder opositor russo Alexei Navalny foi envenenado enquanto estava preso, informou nesta quarta-feira (17) sua viúva, Yulia Navalnaya, em publicação na rede social X.

Segundo Navalnaya, amostras biológicas do marido foram enviadas ao exterior e examinadas por equipes diferentes, que chegaram ao mesmo resultado de forma independente. “Todos merecemos saber a verdade”, ressaltou.

Em vídeo de quase cinco minutos, a viúva detalhou o que chamou de “perseguição” ao opositor. Ela relatou que em 16 de fevereiro de 2024, por volta de 12h10, o detento foi levado para a caminhada diária em uma colônia penal além do Círculo Polar Ártico. Pouco depois, ele bateu na porta dizendo sentir-se mal. De acordo com o relato, Navalny foi levado de volta à cela disciplinar em vez de ser encaminhado ao posto médico. A ambulância teria sido acionada mais de 40 minutos depois; às 14h23, o monitor cardíaco já não registrava atividade.

Questionado sobre as novas acusações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou-se a comentar durante coletiva por telefone.

Justiça rejeita abertura de investigação

Na terça-feira (16), o Tribunal Urbano de Salekhard, no Ártico russo, negou pedido de Lyudmila Navalnaya, mãe do opositor, para instaurar processo criminal sobre a morte do filho. Yulia Navalnaya afirmou que a família solicita a investigação desde 17 de fevereiro de 2024, mas o Comitê de Instrução rejeitou as solicitações sucessivas.

Alexei Navalny morreu em 16 de fevereiro de 2024, enquanto cumpria quase 30 anos de prisão após sucessivas condenações. As autoridades russas atribuem o óbito a uma arritmia cardíaca; familiares, aliados e governos ocidentais classificam o caso como assassinato.

Após a morte, o presidente Vladimir Putin declarou ter autorizado a inclusão de Navalny em uma troca de prisioneiros. Aliados do opositor contestam essa versão e afirmam que a negociação não ocorreu porque o Kremlin barrou a liberação.

Com informações de Gazeta do Povo