O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório completo sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após sua saída do Hospital DF Star, no domingo (14).
Bolsonaro recebeu alta médica por volta das 14h e, antes de embarcar no veículo que o levaria de volta à prisão domiciliar, permaneceu aproximadamente cinco minutos em pé na entrada do hospital saudando apoiadores. Ele estava acompanhado dos vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
Na decisão, Moraes exige informações detalhadas sobre:
- o veículo utilizado no transporte;
- os agentes responsáveis pela escolta dentro e fora do quarto;
- o motivo de o deslocamento não ter ocorrido imediatamente após a liberação médica.
Foram intimados a prestar esclarecimentos o secretário de Administração Penitenciária do DF, Wenderson Souza e Teles, e o coordenador da Polícia Penal distrital. Ambos deverão entregar o relatório nas próximas 24 horas.
Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já são alvos de inquérito que apura supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação foi aberta para examinar a atuação de Eduardo nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras; a Procuradoria-Geral da República aponta o ex-presidente como beneficiário das ações.
No último dia 11, a Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro, por maioria, a 27 anos e 3 meses de prisão por supostamente liderar tentativa de golpe de Estado em 2022.
O relatório solicitado por Moraes deverá esclarecer se houve falha na custódia e se a Polícia Penal cumpriu integralmente as determinações de vigilância impostas ao ex-mandatário.
Com informações de Gazeta do Povo