Jerusalém – 15 de setembro de 2025. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou nesta segunda-feira que o Hamas tem a possibilidade de pôr fim ao conflito “nesta noite” caso entregue suas armas e aceite a rendição. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após reunião em Jerusalém.
Rubio destacou que os objetivos de Washington permanecem inalterados: eliminar o grupo islâmico e garantir o retorno dos 48 reféns – vivos ou mortos. “Trata-se de um grupo terrorista cuja missão assumida é destruir o Estado judeu. Por isso, não contamos que aceitem depor as armas, mas a opção existe”, frisou.
Possível nova ofensiva
Segundo o secretário, o Hamas mantém cerca de dois milhões de civis de Gaza como “escudos humanos”. Ele admitiu que a erradicação da organização pode exigir “uma operação militar concisa”, caso a via diplomática não avance. “Enfrentamos pessoas que dedicaram a vida à violência e à barbárie. Precisamos estar preparados para a hipótese de não haver solução pacífica”, alertou.
Ameaça iraniana
Na mesma entrevista, Rubio classificou o regime iraniano como “risco inaceitável” não só para Israel e EUA, mas para a comunidade internacional. Ele afirmou que Washington continuará aplicando a estratégia de “máxima pressão econômica” até que Teerã mude de postura e elogiou a decisão de países europeus de retomar sanções contra o Irã.
O chefe da diplomacia americana também citou o interesse iraniano em obter armas nucleares e mísseis de curto e médio alcance, capazes de atingir até mesmo a Europa. “Um Irã nuclear governado por radicais xiitas representaria um perigo intolerável”, disse.
Aliança reforçada
Benjamin Netanyahu agradeceu o apoio “inabalável” dos Estados Unidos e do presidente Donald Trump. Para o premiê israelense, a visita de dois dias de Rubio transmite “uma mensagem clara” de solidariedade frente ao terrorismo, ao antissemitismo e a pressões internacionais que descreveu como “mentiras incríveis”.
Netanyahu enfatizou ainda que a cooperação com Washington é vital para impedir que o Hamas transforme Gaza em ameaça permanente a Israel. “A presença do secretário aqui demonstra que os EUA permanecem ao nosso lado”, concluiu.
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Com informações de Gazeta do Povo