Brasília — A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, voltou a responder declarações de Michelle Bolsonaro e afirmou esperar que a ex-primeira-dama adote postura ética ao se referir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Qualquer pessoa que ataque o meu marido, eu me sinto no direito de protegê-lo. Ele não precisa de proteção, mas eu não vou deixar ninguém atacá-lo. Dependendo do nível de ataque, é óbvio que eu vou me colocar”, disse Janja em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo no sábado (13).
Na mesma conversa, a primeira-dama reforçou o apelo: “Eu espero que ela tenha ética para saber o papel que ela tem. Eu espero que não se repita o que ela fez. Porque, para nós, mulheres, o comportamento dela é muito ruim. Não é sobre ela. É sobre as mulheres.”
Troca de farpas começou em agosto
Em 16 de agosto, durante evento do PL Mulher em Natal (RN), Michelle Bolsonaro chamou Lula de “mentiroso, cachaceiro, pinguço e irresponsável” ao culpar o petista por tarifas dos Estados Unidos a produtos brasileiros. Quatro dias depois, em ato ligado à COP-30, Janja rebateu de forma indireta, afirmando que não tinha o hábito de “xingar o marido de ninguém”.
Atuação com público feminino
Na entrevista, Janja declarou que pretende manter projetos voltados às mulheres, especialmente evangélicas. Contudo, disse não saber se seguirá nessa frente em 2026, porque Lula ainda não definiu se disputará a reeleição.
Críticas após fala sobre modelo chinês
A primeira-dama contou ainda ter cogitado deixar Brasília após a repercussão negativa de comentários feitos em maio, durante viagem à China. Na ocasião, ela citou o sistema chinês de regulação de redes sociais, que restringe o uso por menores de idade e prevê punições severas em caso de descumprimento.
“Teve um momento em que eu quis pegar a minha bolsa e as minhas cachorras e sair, voltar para a minha casa”, relatou, lembrando que o presidente Xi Jinping lhe disse que, mesmo com regras rígidas, o país ainda enfrenta problemas no ambiente digital.
Janja defende o debate sobre regulação das redes no Brasil, argumentando que o exemplo chinês mostra a necessidade de proteção de crianças e adolescentes.
Com informações de Gazeta do Povo
