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Governo venezuelano mobiliza civis e inicia instrução militar para possíveis conflitos com os EUA

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Caracas — Milhares de venezuelanos começaram neste sábado, 13 de setembro de 2025, a participar de treinamentos militares em quartéis de todo o país, após convocação do presidente Nicolás Maduro. Batizada de “Sábado da Milícia”, a ação reúne civis voluntários para receber instruções de combate diante do aumento das tensões com os Estados Unidos.

Treinamento em diversas frentes

De acordo com o Ministério da Defesa, os novos participantes recebem aulas de tiro, primeiros socorros em combate, navegação terrestre, marchas, operações fluviais e técnicas de sobrevivência. Imagens da TV estatal mostraram filas de homens e mulheres de várias idades aguardando instruções em um quartel de Caracas, onde cerca de 4 mil civis teriam sido treinados simultaneamente.

No Forte Paramacay, em Valencia, e em outras bases, instrutores distribuíram fuzis para exercícios de disparo controlado, além de orientações sobre embarque em blindados e deslocamento em grupo.

Declarações do governo

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou que o país atravessa uma “fase avançada de organização e treinamento” da milícia e que a mobilização agora é permanente. Já Diosdado Cabello, ministro da Justiça e considerado o número 2 do chavismo, alertou em discurso no estado de Aragua que uma eventual invasão norte-americana poderia resultar em “uma guerra de 100 anos”.

Enquanto aguardava na fila de inscrição em Caracas, o morador Federico Rosales resumiu o sentimento dos voluntários: “Estamos nos preparando para defender a pátria. Não somos um país guerreiro, somos um país de paz. Mas nos preparamos para a guerra, nos preparamos para o que vier”.

Contexto regional

Os Estados Unidos mantêm navios de guerra e um submarino nuclear no Caribe, próximos à costa venezuelana, sob o argumento de combater o narcotráfico supostamente facilitado pelo governo Maduro. A presença militar norte-americana tem sido citada por Caracas como justificativa para intensificar a mobilização civil.

As autoridades venezuelanas não divulgaram a quantidade exata de inscritos, mas indicaram que o objetivo é “elevar o preparo operacional” em todo o território nacional.

Com informações de Gazeta do Povo