O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como “serviçal” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que a extrema-direita “jamais voltará” a governar o país. A declaração foi feita em entrevista concedida à TV Band, exibida na noite de quinta-feira (11). O tema central da crítica foi o apoio de Tarcísio ao projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
“Ele não tem personalidade própria. Quando está comigo, é simpático; por trás, fala mal”, afirmou Lula, relatando encontros anteriores com o governador no Palácio da Alvorada. Segundo o presidente, o chefe do Executivo paulista “faz o que Bolsonaro quer”.
Disputa de 2026 no horizonte
Tarcísio é apontado dentro e fora do Palácio do Planalto como um dos principais nomes da oposição para a eleição presidencial de 2026. Apesar de admitir internamente essa possibilidade de confronto, Lula tem evitado confirmar publicamente que buscará a reeleição. Durante a entrevista, reiterou que a decisão dependerá de seu estado de saúde, pois completará 80 anos naquele ano.
Críticas sobre ato pró-anistia
O presidente também citou o discurso de Tarcísio em manifestação realizada em São Paulo no final de semana anterior, que pediu anistia a Bolsonaro. Lula lembrou ter ouvido que o pastor Silas Malafaia teria repreendido o governador e considerou inapropriadas as críticas feitas por Tarcísio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Governo contra a anistia
Lula reforçou a posição contrária do Planalto ao projeto de anistia. “Todo bandido vai dizer que é inocente. Se quer provar inocência, apresente provas de que não cometeu o crime”, declarou. O presidente frisou que seu governo atuará para barrar a proposta na Câmara dos Deputados.
Imagem: Ricardo Stuckert
Ao ser questionado sobre um eventual segundo turno contra o governador paulista em 2026, Lula respondeu: “Não sei qual é o cenário provável. Os partidos ainda vão definir seus candidatos. Eu, por enquanto, não me defini”. Mesmo assim, garantiu que, “se depender dele”, a extrema-direita não retornará ao Palácio do Planalto.
Com informações de Gazeta do Povo