Varsóvia – O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou nesta quarta-feira (10) no Parlamento que o país vive “o momento mais próximo de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”, após sucessivas violações de seu espaço aéreo por drones russos.
Segundo Tusk, foram registradas 19 incursões não autorizadas, muitas delas partindo diretamente de Belarus. Para o líder polonês, as ações “não podem ser vistas como erros de navegação ou provocações menores”, mas sim como ameaça deliberada.
Restos de míssil e drones encontrados
A porta-voz do Ministério do Interior, Kinga Gałecka, informou que equipes de busca localizaram destroços de um míssil de origem ainda desconhecida, possivelmente usado para derrubar drones, além de sete aeronaves não tripuladas abatidas. Os primeiros fragmentos foram achados às 7h30 (horário local) em Mniszków, no leste do país; outros foram identificados em diferentes regiões, inclusive na província de Lódz.
Caças e helicópteros em ação
Para interceptar os artefatos, a Polônia mobilizou dois caças F-35, dois F-16 e helicópteros MI-24, MI-17 e Black Hawk. Unidades aéreas da Holanda e da Itália colaboraram na operação. O Comando Operacional das Forças Armadas declarou a situação sob controle e reabriu os quatro aeroportos fechados temporariamente.
Reação diplomática
O Ministério das Relações Exteriores convocou o encarregado de negócios russo em Varsóvia, Andrey Ordash, para entregar nota de protesto. Em Moscou, o porta-voz presidencial Dmitry Peskov criticou a União Europeia e a Otan por “acusarem a Rússia diariamente sem apresentar argumentos” e remeteu questionamentos sobre o incidente ao Ministério da Defesa russo, que não se pronunciou.
Imagem: Isabella de Paulacom informações da EF
O presidente polonês, Karol Nawrocki, classificou a situação como “momento sem precedentes” tanto para a Otan quanto para a própria Polônia.
Com informações de Gazeta do Povo