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Casa Branca diz que Trump pode recorrer ao poder militar para proteger liberdade de expressão no exterior

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A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça-feira (9) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está disposto a utilizar o poder econômico – e, se necessário, o poder militar – para defender a liberdade de expressão em outros países.

Leavitt respondeu a uma pergunta do jornalista Michael Shellenberger, criador da série de reportagens Twitter Files, durante coletiva em Washington. O repórter questionou se a Casa Branca pretende adotar novas medidas contra a Europa e o Brasil em razão de ações governamentais que, segundo ele, restringem redes sociais e processam políticos de direita.

Sobretudo sobre o Brasil, Shellenberger mencionou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro – tornado inelegível – e as investigações criminais que ele e colegas enfrentam por causa do Twitter Files Brazil.

A liberdade de expressão é indiscutivelmente a questão mais importante do nosso tempo”, declarou Leavitt. “O presidente acredita firmemente nisso e não hesitará em usar o peso econômico e o poder militar dos Estados Unidos para proteger esse direito em todo o mundo.”

Medidas já adotadas

A porta-voz listou ações contra o Brasil já implementadas pelo governo Trump:

  • tarifa de 50% sobre importações brasileiras;
  • revogação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF);
  • sanções econômicas, via Lei Magnitsky, contra o ministro Alexandre de Moraes.

Leavitt disse não ter “ações adicionais” para anunciar no momento, mas reforçou que a defesa da liberdade de expressão permanece prioridade da administração.

Manifestação do Departamento de Estado

Na véspera, segunda-feira (8), o subsecretário de Estado para Diplomacia Pública, Darren Beattie, publicou no X que o governo continuará a adotar “medidas cabíveis” contra Moraes e demais autoridades brasileiras cujos “abusos de autoridade” comprometeriam “os valores da liberdade e da justiça”.

Até o momento, a Casa Branca não detalhou quais poderiam ser as próximas ações, nem sob quais circunstâncias o uso de força militar seria considerado.

Com informações de Gazeta do Povo