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Espanha decreta embargo de armas e outras sanções contra Israel por ofensiva em Gaza

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O governo da Espanha anunciou nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025, um pacote de nove sanções contra Israel. As medidas, divulgadas pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, incluem um embargo total de armas e restrições ao trânsito de navios e aeronaves que transportem material militar destinado ao país comandado por Benjamin Netanyahu.

Sánchez justificou as ações afirmando tratar-se de resposta ao que classificou como “genocídio” na Faixa de Gaza. O líder socialista reconheceu o direito de Israel à existência e à prosperidade, mas declarou que “ultrapassar os limites da legítima defesa” não pode ser tolerado. Ele citou estatísticas divulgadas pelo Hamas, segundo as quais a operação israelense já teria deixado 63 mil mortos, 159 mil feridos, cerca de 2 milhões de deslocados e 250 mil pessoas sob risco de desnutrição aguda no enclave palestino.

Principais sanções anunciadas

1. Decreto-lei de urgência formalizando o embargo de armas a Israel.

2. Proibição do trânsito em portos espanhóis de embarcações que levem combustíveis ou munições às Forças de Defesa de Israel.

3. Restrição ao sobrevoo de aeronaves que transportem material militar ao território israelense.

4. Impedimento de entrada na Espanha de pessoas acusadas de crimes de guerra.

5. Limitações consulares para cidadãos que residam em assentamentos considerados ilegais por Madri.

6. Elevação da ajuda humanitária a Gaza para 150 milhões de euros.

7. Incremento da contribuição espanhola à Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA).

8. Novos projetos de cooperação com a Autoridade Palestina nas áreas de agricultura, segurança alimentar e saúde.

9. Outras medidas administrativas destinadas a reforçar a pressão diplomática sobre o governo israelense.

“Esperamos que essas decisões aumentem a pressão sobre o governo israelense e aliviem o sofrimento da população palestina”, declarou Sánchez durante coletiva no Palácio da Moncloa.

Resposta de Israel

A reação de Tel Aviv foi imediata. O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, acusou Sánchez de tentar desviar a atenção de escândalos de corrupção que atingem o Executivo espanhol. Como retaliação, o governo israelense proibiu a entrada no país da vice-presidente Yolanda Díaz e da ministra da Juventude, Sira Rego, além de vetar qualquer contato oficial entre elas e autoridades de Israel.

“A Espanha segue uma linha hostil e anti-Israel, marcada por retórica desenfreada e cheia de ódio”, afirmou Saar em comunicado.

As sanções espanholas somam-se a pressões internacionais já existentes sobre Israel desde o início da ofensiva contra o Hamas, classificado como grupo terrorista por Estados Unidos e União Europeia.

Com informações de Gazeta do Povo