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Malafaia acusa Moraes de perseguição e comenta mudança de tom de Tarcísio em ato na Paulista

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O pastor Silas Malafaia elevou o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante manifestação realizada no último domingo, 7 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alvo de inquérito que apura suposta tentativa de obstruir investigações sobre uma trama golpista, Malafaia alegou estar sofrendo perseguição política e religiosa. Ele criticou a apreensão de seus cadernos teológicos e o bloqueio de seu passaporte, medidas adotadas pela Polícia Federal na operação de 20 de agosto do ano passado. “Meus cadernos são minha ferramenta de trabalho”, afirmou. “Alexandre de Moraes, você não promove apenas perseguição política. Religiosa também.”

O pastor disse ainda que a divulgação de conversas mantidas com Bolsonaro teve o objetivo de prejudicar sua reputação. “De vez em quando falei coisas indevidas, reconheço. Mas é melhor falar algo indevido do que destruir a democracia brasileira”, declarou. Segundo ele, a liberação dos diálogos ocorreu “para denegrir” sua imagem perante a opinião pública, especialmente a evangélica.

Malafaia contou que costuma encaminhar vídeos diretamente a quatro ministros do STF e ironizou eventuais interpretações sobre o fato. “Os ministros estão recebendo meus vídeos. Estão em conluio comigo? Prevaricaram? Claro que não”, provocou.

Durante o ato, o pastor destacou a postura mais dura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que citou Moraes nominalmente e classificou decisões recentes do magistrado como tiranas. “Tarcísio cansou de ver tanta injustiça cometida”, disse, referindo-se a medidas judiciais que mantêm Bolsonaro monitorado por tornozeleira eletrônica, com restrições de deslocamento e de contato telefônico. Malafaia mencionou ainda a negativa de Moraes a um pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para realizar um culto.

Ao lado de Tarcísio e de Michelle, ambos cotados como possíveis candidatos da direita em 2026, o pastor criticou especulações sobre sucessores de Bolsonaro. “Nenhum filho de Bolsonaro nem ninguém da direita tem que dizer: ‘se Bolsonaro não for candidato, eu estou aqui’. Isso é imaturidade política”, afirmou, citando o episódio de 2018 em que o PT indicou Fernando Haddad um dia antes do prazo final para substituição do então preso Luiz Inácio Lula da Silva. “Que papo é esse de vir aqui dizer que A, B ou C é candidato da direita. Calem a boca!”, concluiu.

Com informações de Direita Online