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Trump afirma que Estados Unidos “perderam” Índia e Rússia para a China

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (5) que Washington “perdeu” a Índia e a Rússia para a China. A afirmação foi publicada na plataforma Truth Social, acompanhada de uma foto do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ao lado dos líderes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, durante a Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), realizada na última segunda-feira (1º) em Tianjin, na China.

“Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China, a mais profunda e sombria. Que tenham um futuro longo e próspero juntos!”, escreveu o presidente norte-americano.

É a segunda manifestação de desconforto de Trump nesta semana sobre a aproximação entre Pequim e Moscou. Na quarta-feira (3), antes de um desfile militar em Pequim que celebrou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia, o presidente ironizou a presença de Xi e Putin ao lado do líder norte-coreano, Kim Jong-un, pedindo que o governante chinês “lembrasse dos americanos que lutaram contra o Japão” no conflito. “Por favor, transmita meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América”, publicou.

Encontros e tensões recentes

Três semanas antes, em 15 de agosto, Trump se reuniu com Putin no Alasca para tratar da guerra na Ucrânia, conflito que ele prometeu encerrar no primeiro dia de um eventual segundo mandato. Ambos classificaram o encontro como produtivo, mas não anunciaram cessar-fogo. Trump disse que pretendia marcar uma reunião entre Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, porém o encontro não foi agendado por resistência de Moscou.

Em relação à Índia, Washington impôs na semana passada uma tarifa de 50% sobre produtos indianos, reação às compras de petróleo russo por Nova Déli. A viagem de Modi à China — a primeira em sete anos — foi interpretada como sinal de distanciamento dos Estados Unidos, especialmente porque ocorre em meio a disputas territoriais entre chineses e indianos na fronteira.

Com informações de Gazeta do Povo