O Departamento de Defesa dos Estados Unidos advertiu o regime de Nicolás Maduro nesta quinta-feira (4) depois que duas aeronaves militares venezuelanas se aproximaram de um navio da Marinha norte-americana em águas internacionais do Caribe.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Pentágono classificou a manobra como “altamente provocadora” e disse que a intenção teria sido “interferir” nas operações antidrogas e antiterrorismo conduzidas pelos EUA na região.
“O cartel que controla a Venezuela está fortemente advertido a não prosseguir com qualquer esforço para obstruir, dissuadir ou interferir em nossas operações”, informou o comunicado.
O texto não detalhou o modelo das aeronaves nem identificou o navio envolvido. Fontes citadas pela emissora norte-americana CBS News, porém, relataram que se tratava de dois caças F-16 venezuelanos e do destróier de mísseis guiados USS Jason Dunham, recentemente deslocado para o Caribe.
Escalada de tensões
O incidente ocorre em meio ao aumento da presença militar dos Estados Unidos na América Latina. Nas últimas semanas, Washington enviou mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para o Caribe e áreas próximas à Venezuela, numa operação ampliada contra cartéis de drogas, classificados pelo governo do presidente Donald Trump como organizações terroristas internacionais.
De acordo com o Pentágono, a missão tem como objetivo interceptar carregamentos ilícitos e enfraquecer redes criminosas que utilizam o território venezuelano como rota.

Imagem: John Lucas
Em Caracas, Nicolás Maduro vê a presença norte-americana como ameaça e reagiu convocando civis para integrar a chamada Milícia Bolivariana, além de manter as Forças Armadas em estado de alerta para um eventual confronto.
Não foram registradas novas movimentações após o alerta emitido por Washington.
Com informações de Gazeta do Povo