O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) declarou nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, que o Supremo Tribunal Federal (STF) não realiza um julgamento “pessoal” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Segundo Lula, o ex-chefe do Executivo tem oportunidade de apresentar sua defesa, algo que, em sua avaliação, não ocorreu durante o processo da Operação Lava Jato. “Eu não fiquei chorando, eu fui à luta”, resumiu.
As declarações foram feitas em São Paulo, durante o velório do jornalista Mino Carta. Ao comentar o andamento do caso, Lula disse considerar “essencial” que todos os réus tenham pleno direito de defesa. “Se é inocente, prove que é inocente, prove que não tem nada a ver com isso”, afirmou.
O julgamento de Bolsonaro e de outros sete investigados começou na manhã desta terça-feira (2) na Primeira Turma do STF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e presidência do ministro Cristiano Zanin. Novas sessões estão marcadas para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.
Além de Bolsonaro, respondem no mesmo processo:

Imagem: Marcelo Camargo
- Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal (PL-RJ);
- Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência, que firmou acordo de delação premiada;
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.
O processo apura a suposta atuação do grupo em uma tentativa de manter Bolsonaro no poder após o resultado das eleições de 2022.
Com informações de Gazeta do Povo