Brasília, 22 de setembro – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, solicitou apoio formal do Itamaraty para garantir sua presença na 80ª Assembleia-Geral da ONU, marcada para 9 de setembro, e na conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), agendada para o dia 29 do mesmo mês.
Segundo Padilha, o pedido ao governo dos Estados Unidos foi encaminhado após a revogação dos vistos de sua esposa, de sua filha e de outros colaboradores ligados ao programa Mais Médicos. Entre os afetados estão o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales, e o ex-assessor Alberto Kleiman. O visto do próprio ministro não foi cancelado porque está vencido desde o ano passado.
Durante compromisso em Campinas (SP), Padilha criticou a postura norte-americana. “Qualquer país que sedia um organismo internacional não pode impedir o acesso de autoridades convidadas”, declarou.
A Embaixada dos Estados Unidos, em nota anterior, classificou o programa Mais Médicos como “golpe diplomático” que explorou médicos cubanos, beneficiou o regime de Cuba e contou com apoio de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas.
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O ministro afirmou não temer retaliações e considerou a anulação dos vistos de seus familiares “desproporcional” e “covarde”. Ele acrescentou que sua participação nos eventos internacionais dependerá também da agenda no Congresso Nacional, onde votações previstas para setembro podem exigir sua permanência no Brasil.
Com informações de Direitaonline
