Kiev – O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou nesta sexta-feira (15/08/2025) que prendeu 52 integrantes das Forças Armadas do país por suposta colaboração com a Rússia desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Desse total, 44 já foram condenados por traição a penas que variam de 12 a 15 anos de prisão.
Em comunicado, o órgão acrescentou ter identificado 207 agentes ligados aos serviços especiais russos que reuniam dados sobre as Forças de Defesa ucranianas e instalações militares estratégicas. Entre os casos citados, está o de um ex-comandante de unidade das Forças de Operações Especiais que teria repassado aos russos planos de missões atrás das linhas inimigas; ele recebeu pena de 15 anos de reclusão.
O SBU destacou que ações semelhantes continuam sendo descobertas. Na quinta-feira (14/08), agentes prenderam quatro pessoas acusadas de planejar ataques russos contra Odessa, no sul do país. O grupo, segundo o serviço de inteligência, fornecia ao Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) as coordenadas de depósitos de armas, munições e suprimentos, além de tentar localizar unidades de defesa antiaérea para ajustar bombardeios.
Entre os detidos em Odessa está um segurança de uma escola de artes marciais. De acordo com o SBU, ele mantinha contato na Crimeia — península anexada pela Rússia em 2014 — com um colaborador da inteligência russa ligado a Igor Markov, ex-líder do Partido das Regiões, legenda proibida na Ucrânia em 2023 e associada ao ex-presidente Viktor Yanukovych, refugiado em território russo.
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O SBU afirmou que continuará monitorando possíveis infiltrações para impedir vazamentos de informações militares que possam fortalecer as ofensivas de Moscou.
Com informações de Gazeta do Povo