O governo da Austrália anunciou nesta segunda-feira, 11 de agosto de 2025, que passará a reconhecer o Estado da Palestina durante a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro. A decisão foi divulgada pelo primeiro-ministro Anthony Albanese após reunião do gabinete em Camberra.
Em coletiva exibida pela emissora pública ABC, Albanese declarou que a solução de dois Estados representa “a melhor esperança” para pôr fim ao ciclo de violência no Oriente Médio. O líder australiano afirmou ter discutido o tema recentemente com o presidente francês Emmanuel Macron e com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, ambos favoráveis ao reconhecimento palestino.
A posição aproxima o país de França e Reino Unido, que já manifestaram apoio à medida. De acordo com Albanese, a situação na Faixa de Gaza “ultrapassou os piores temores do mundo”, com milhares de civis mortos e impedimentos à chegada de ajuda humanitária. “Trata-se de muito mais do que traçar uma linha num mapa; trata-se de oferecer uma tábua de salvação à legalidade de Gaza”, declarou.
A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, reforçou o anúncio. “Deixamos claro que reconheceríamos a Palestina quando isso melhor contribuísse para o avanço rumo à paz. Setembro é o momento”, disse.
A decisão australiana foi tomada apesar de advertências de Israel. No domingo, 10, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu classificou como “vergonhosos” os passos de diversos países em direção ao reconhecimento neste momento.

Imagem: JAMES ROSS via gazetadopovo.com.br
Além de Austrália, França e Reino Unido, Canadá, Malta, Portugal e Luxemburgo já confirmaram ou sinalizaram que apoiarão oficialmente o Estado da Palestina na sessão de setembro. Conforme dados das Nações Unidas, ao menos 145 dos 193 Estados-membros reconhecem ou planejam reconhecer a Palestina.
Com informações de Gazeta do Povo