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Prefeito de Pedro do Rosário adia retroativos de professores e culpa tarifas dos EUA

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O prefeito de Pedro do Rosário, no Maranhão, Toca Serra (PCdoB), informou ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração e do Serviço Público Municipal que não quitará, por enquanto, os valores retroativos de promoções, progressões e quinquênios de professores e agentes educacionais.

Em ofício datado de 29 de julho, o gestor atribuiu a decisão a supostas tarifas de 50% impostas pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Segundo Serra, a medida norte-americana reduziria a arrecadação federal e, consequentemente, os repasses a estados e municípios, o que poderia comprometer a folha de pagamento.

Os números, porém, não sustentam a justificativa: de acordo com o Monitor do Comércio Exterior Brasileiro, Pedro do Rosário — município de aproximadamente 24 mil habitantes — não registrou nenhuma exportação em 2025.

A justificativa irritou o sindicato, que divulgou nota dizendo que a falta de recursos decorre de má gestão, ausência de planejamento e desrespeito aos direitos trabalhistas. Para a entidade, as sanções internacionais mencionadas não impactam as finanças locais.

O vice-presidente do sindicato, Ismael Meireles da Silva, explicou que os retroativos correspondem ao ano de 2023 e estão previstos no plano de cargos e carreiras municipal. Ele afirma que havia acordo com o prefeito para incluir os valores na folha de julho, mas apenas os salários foram pagos.

Diante do impasse, o sindicato pretende acionar o Ministério Público ainda nesta semana após negociações frustradas.

Com informações de Direita Online