O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, que o país não pretende anexar a Faixa de Gaza. Segundo ele, um órgão governamental ainda não detalhado assumirá, de forma temporária, a administração do enclave palestino.
A declaração ocorreu durante uma coletiva improvisada com jornalistas indianos, após reunião em Jerusalém com o embaixador da Índia em Israel, J.P. Singh. No encontro, Netanyahu reforçou que os objetivos centrais da operação militar em Gaza permanecem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns.
Autoridades israelenses estimam que o grupo extremista e seus aliados ainda mantêm cerca de 50 reféns, dos quais apenas por volta de 20 estariam vivos.
Horas depois do pronunciamento, o gabinete de segurança — composto por ministros e parte da cúpula militar — foi convocado para avaliar a possibilidade de uma ocupação total do território. A imprensa local informa que o premiê pretende propor a expansão da ofensiva para áreas onde se acredita que haja reféns.
Conforme veículos israelenses, o plano em estudo pelas Forças de Defesa de Israel prevê etapas. Na primeira, as tropas ocupariam a Cidade de Gaza, deslocando aproximadamente 1 milhão de palestinos para a região de Al Mawasi. Em seguida, o exército buscaria controlar campos de refugiados no centro da Faixa, locais que receberam incursões limitadas até o momento.

Imagem: ABIR SULTAN via gazetadopovo.com.br
Apesar de relatos de resistência interna nas Forças Armadas, preparativos para a operação estariam em andamento.
Com informações de Gazeta do Povo