O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou na quarta-feira (6) que não pretende submeter ao plenário nenhuma das solicitações de impeachment apresentadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração foi feita depois de uma reunião com líderes partidários, realizada em meio à obstrução promovida por parlamentares da oposição. De acordo com senadores que participaram do encontro, como Cid Gomes (PSB-CE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), Alcolumbre deixou claro que processos contra membros do STF não chegarão à votação.
“O Parlamento não será refém de iniciativas que busquem desestabilizar seu funcionamento. Continuaremos votando matérias de interesse da população. A decisão sobre pedidos de impeachment cabe exclusivamente à Presidência do Senado, e não cederei a pressões externas”, disse Alcolumbre.
Cid Gomes classificou a ocupação do plenário por oposicionistas como “atentado à democracia” e afirmou que o comando da Casa não aceitará a prática. A expectativa é de que o espaço seja desocupado até segunda-feira (11), permitindo a retomada normal das sessões.
Alcolumbre também confirmou a realização de uma sessão deliberativa semipresencial nesta quinta-feira (7), às 11h. Entre os projetos na pauta está o PL 2.692/2025, que mantém a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. A Mesa Diretora deverá ainda discutir a situação do senador Marcos do Val (Podemos-ES), alvo de medidas cautelares determinadas por Moraes.
Apesar da resistência da Presidência do Senado, a oposição segue pressionando. Moraes acumula 30 pedidos de impeachment. Levantamento do site votossenadores.com.br aponta que 40 senadores apoiam a destituição do ministro, 19 são contrários e 22 ainda não se manifestaram. A aprovação exige o apoio de dois terços do plenário.
Os oposicionistas também cobram a votação do fim do foro privilegiado e da proposta de anistia para participantes dos atos de 8 de janeiro.
Com informações de Direita Online
