06/08/2025 – 14h18 | Economia e Tecnologia
Aplicações que geram imagens por meio de inteligência artificial (IA) ganharam espaço nos últimos anos e hoje oferecem opções que vão de plataformas pagas a serviços gratuitos. Entre as mais populares estão ChatGPT, Midjourney, Microsoft Image Creator, a integração da Meta no WhatsApp e o Whisk, desenvolvido pelo Google.
ChatGPT
O ChatGPT incorporou a geração de imagens em março de 2025. Para usar, o usuário faz login no site, descreve a figura desejada na área de busca e aguarda o resultado. Quem assina os planos “Plus” ou “Enterprise” tem acesso ao DALL·E, versão avançada do recurso, lançado em 2021 e batizado em referência ao artista Salvador Dalí e ao robô do filme “WALL·E”.
Midjourney
Integrado ao Discord, o Midjourney exige assinatura. O plano “Basic” custa US$ 8 (aproximadamente R$ 44,35) por mês e libera até 200 prompts. Após criar conta no Discord, o usuário acessa o site do Midjourney, escolhe o plano, entra no “Midjourney Bot” e digita “/imagine” seguido da ideia da imagem.
Microsoft Image Creator
Gratuito, o serviço permite 15 prompts diários. O interessado faz login com conta Microsoft, descreve a imagem em texto e escolhe entre as opções apresentadas antes de baixar o arquivo. Ajustes simples podem ser feitos na própria plataforma.
Meta IA no WhatsApp
No WhatsApp, a Meta IA gera figuras tanto em Android quanto em iOS. Basta abrir o chat “Meta AI” e solicitar a criação. Em conversas com outras pessoas, o comando é feito ao mencionar @Metaai seguido do pedido.

Imagem: Ballesteros via gazetadopovo.com.br
Whisk
O Whisk se diferencia ao usar outras imagens como referência, dispensando prompts extensos. O usuário acessa o site, faz login, clica em “Abrir Ferramenta” e envia três fotos: uma do assunto, outra do ambiente e uma do estilo. A IA combina os elementos e produz o resultado, que pode ser revisto e editado.
Questões de direitos autorais
A legislação brasileira ainda não define de forma clara a autoria de obras criadas por IA, afirma o advogado constitucionalista André Marsiglia. Segundo ele, a tendência é reconhecer como autor quem insere os comandos, mas não há consenso. O especialista alerta para possíveis conflitos envolvendo bancos de dados utilizados pelas plataformas, que reúnem imagens protegidas.
Bruno Feigelson, mestre em Direito pela UERJ e pós-doutor pela Unirio, ressalta que “não é a IA que cria por si só”. Para o jurista, a intervenção humana nos comandos deve ser considerada na análise caso a caso, já que a legislação atual foi elaborada para um contexto analógico e não cobre os dilemas trazidos pelos sistemas generativos.
Com informações de Gazeta do Povo