Brasília – Os senadores Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE), acompanhados do deputado Hélio Lopes (PL-RJ), acorrentaram-se à mesa do plenário do Senado nesta quarta-feira (6) em protesto contra o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). O grupo exige que Alcolumbre coloque em pauta o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato, descrito pelos oposicionistas como um recado de “permanência até que as reivindicações sejam atendidas”, intensifica a mobilização iniciada no começo da semana por parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). A movimentação ganhou força após Moraes determinar, na segunda-feira (4), a prisão domiciliar de Bolsonaro.
Pressões simultâneas
Além do impeachment, os manifestantes cobram que a Câmara dos Deputados vote o projeto de anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. Na Câmara, deputados como Gustavo Gayer (PL-GO), Carlos Jordy (PL-RJ), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Alberto Fraga (PL-DF) e o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), chegaram a ocupar a Mesa Diretora, onde foram vistos tomando café da manhã.
Impacto na rotina legislativa
Enquanto o plenário do Senado permanece bloqueado, comissões permanentes — entre elas Constituição e Justiça (CCJ), Direitos Humanos (CDH), Meio Ambiente (CMA), Ciência e Tecnologia e Esportes (CEsp) — seguem com reuniões e audiências públicas.
Alcolumbre tem evitado confronto direto. Segundo sua assessoria, o presidente do Senado mantém contato com senadores e presidentes de comissões para tentar assegurar o andamento das atividades e preservar a imagem institucional da Casa.

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Mesmo assim, a paralisação coloca em risco a votação de matérias consideradas urgentes. Um projeto que isenta do Imposto de Renda quem recebe até dois salários mínimos (R$ 3.036) perde validade se não for apreciado até 11 de agosto.
Com informações de Gazeta do Povo