O governo libanês incumbiu o Exército de elaborar, até 31 de agosto, um projeto para retirar as armas do Hezbollah ainda em 2025. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 5 de agosto, durante reunião do Conselho de Ministros que durou mais de cinco horas.
Ao término da sessão, realizada no Palácio Presidencial, o primeiro-ministro Nawaf Salam informou que o plano deverá detalhar como o desarmamento será implementado até o fim do ano. O gabinete voltará a se reunir na próxima quinta-feira, 7 de agosto, para continuar a analisar a proposta defendida pelos Estados Unidos.
“Reafirmamos o direito do Líbano à autodefesa em caso de qualquer agressão”, declarou Salam em entrevista coletiva. O premiê confirmou que a iniciativa surge em meio à pressão de Washington para pôr fim ao braço armado do grupo xiita, após a guerra com Israel no ano passado.
Em resposta, o secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que a organização só considerará entregar seu armamento se cessarem os ataques israelenses a território libanês e se as tropas de Israel deixarem cinco colinas no sul do país, ainda ocupadas oito meses depois do cessar-fogo. Qassem criticou o “plano norte-americano”, que, segundo ele, busca favorecer Israel e enfraquecer o Líbano.
Imagem: Edgar Gutiérrez via gazetadopovo.com.br
Desde o conflito de 2024, o Estado libanês tenta restringir a posse de armas às forças de segurança oficiais. Até o momento, aposta-se na entrega voluntária do arsenal do Hezbollah para evitar tensões internas.
Com informações de Gazeta do Povo
