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Defesa de Carla Zambelli aciona Lei Magnitsky para tentar barrar extradição da Itália

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma, recorre a uma estratégia internacional para evitar ser enviada de volta ao Brasil. A defesa da parlamentar pretende fundamentar o pedido às autoridades italianas na Lei Magnitsky, adotada pelos Estados Unidos para punir violações de direitos humanos, alegando que Zambelli estaria sofrendo perseguição política.

De acordo com informações repassadas por integrantes do Partido Liberal (PL) à jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, o objetivo dos advogados é sustentar que a condenação aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi determinada por um magistrado enquadrado na legislação norte-americana. A ação mira o ministro Alexandre de Moraes, incluído recentemente em uma lista de sanções dos EUA após articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Condenação no STF

Zambelli foi sentenciada pelo STF por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Caso a tese de perseguição política seja aceita na Itália, a deputada poderia cumprir a pena em território italiano e escapar da extradição — hipótese considerada rara por especialistas.

Novo processo no pedido de extradição

No Brasil, o cerco judicial se ampliou. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua, no pedido de extradição, o inquérito sobre a perseguição armada realizada por Zambelli nas ruas de São Paulo na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Repercussão interna no PL

Lideranças do PL avaliam que a situação da deputada tornou-se insustentável. Além das novas acusações, Zambelli responde a um processo de cassação de mandato na Câmara, o que intensifica a pressão política dentro da sigla.

Até o momento, não há data definida para o julgamento do pedido de extradição pelas autoridades italianas.

Com informações de Direita Online