O novo pacote tarifário anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump contra produtos brasileiros entra em vigor na próxima quarta-feira (6). Apesar da relevância dos Estados Unidos para o comércio exterior do país, apenas cinco unidades da federação ‑ Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo ‑ têm no mercado norte-americano o principal destino de suas vendas externas.
No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou US$ 165,9 bilhões. Desse total, US$ 20 bilhões seguiram para os Estados Unidos, equivalentes a 12,1% dos embarques. A China liderou o ranking ao receber US$ 47,7 bilhões em mercadorias brasileiras e figura como principal parceira de 13 estados.
Países que lideram as compras de cada estado
Além de China e EUA, outros nove países concentram a maior parte das exportações de diferentes unidades da federação. América Latina, América do Norte, Europa e Ásia aparecem na lista; África e Oceania ficam de fora. Os principais destinos, acompanhados dos produtos mais embarcados, são:
- Acre – Peru: castanha-do-pará
- Amapá – Japão: madeira em estilhas ou partículas
- Alagoas – Canadá: açúcar de cana
- Amazonas – Alemanha: ouro bruto, semiacabado ou em pó
- Distrito Federal – Arábia Saudita: cortes de aves congelados
- Pernambuco – Argentina: veículos automotivos
- Rio Grande do Norte – Panamá: óleos de petróleo
- Roraima – Venezuela: extratos de malte e preparações alimentícias à base de farinhas, féculas ou malte
- Sergipe – Holanda: óleos de petróleo
A escolha do mercado alvo varia conforme o produto predominante em cada economia local. Enquanto o Japão se destaca pela compra de madeira do Amapá, a Argentina lidera a demanda por veículos fabricados em Pernambuco. No caso de Sergipe e do Rio Grande do Norte, a venda de óleos de petróleo explica a prioridade concedida, respectivamente, à Holanda e ao Panamá.
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Ao todo, 22 das 27 unidades da federação concentram suas exportações em destinos diferentes dos Estados Unidos. Mesmo com o início das tarifas norte-americanas, a diversificação dos parceiros comerciais sustenta a dinâmica das vendas externas brasileiras.
Com informações de Gazeta do Povo
