O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) o processo em que ela é acusada de perseguição armada ocorrida em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Zambelli foi detida na Itália em 29 de julho e permanece em um presídio na região de Roma após audiência de custódia realizada em 1.º de agosto. O governo brasileiro já havia enviado às autoridades italianas solicitação de extradição baseada em outra condenação da parlamentar: 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Perseguição armada em 2022
No episódio agora anexado ao pedido, a deputada sacou uma arma e a apontou para um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, na capital paulista. Pelo caso, a Procuradoria-Geral da República denunciou Zambelli por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
O STF já formou maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão, mas o julgamento foi interrompido em março após pedido de vista do ministro Nunes Marques. A retomada da análise está prevista para 15 de agosto.
Acompanhamento do processo
Após a prisão da parlamentar, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a AGU acompanhe de perto o trâmite na Itália para garantir o retorno de Zambelli ao Brasil e o cumprimento das penas impostas pelo Supremo.

Imagem: Billy Boss via gazetadopovo.com.br
A defesa da deputada afirmou que atuará para impedir a extradição.
Com informações de Gazeta do Povo