Gaza, 1º de agosto de 2025 – O enviado da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, esteve nesta sexta-feira (1º) em um centro de distribuição de mantimentos da Fundação Humanitária para Gaza (GHF, em inglês), na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza. A agenda ocorre um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a exigir de Israel maior controle sobre a entrega de ajuda humanitária no enclave palestino.
Ao término da visita, Witkoff declarou na rede social X que passou “mais de cinco horas em Gaza” para verificar “as condições no terreno” e se reunir com a GHF e outras agências. Segundo ele, a missão serve para fornecer ao presidente “uma compreensão clara da situação humanitária” e ajudar na elaboração de um plano que leve alimentos e suprimentos médicos à população local.
Acompanhado pelo embaixador dos EUA, Mike Huckabee, o emissário percorreu o depósito da organização norte-americana e conversou com funcionários responsáveis pela distribuição dos donativos.
Pressão crescente da Casa Branca
Na quinta-feira (31), em entrevista na Casa Branca, Trump foi questionado se concordava com a avaliação da deputada republicana Marjorie Taylor Greene de que estaria ocorrendo genocídio em Gaza. O presidente respondeu que “é terrível o que está acontecendo lá” e afirmou que as pessoas “estão passando muita fome”. Ele lembrou que Washington destinou US$ 60 milhões em alimentos para o território e criticou a falta de resultados visíveis, responsabilizando o grupo Hamas por desviar provisões e pedindo a Israel que intensifique a fiscalização.
Trump já havia abordado o tema na segunda-feira (28), durante viagem à Escócia, quando contestou declarações do premiê israelense Benjamin Netanyahu e disse existir “fome de verdade” na Faixa de Gaza. Na ocasião, o chefe da Casa Branca atribuiu o atraso na entrega dos suprimentos principalmente ao Hamas, mas acrescentou que Israel “também tem muita responsabilidade” pela crise.

Imagem: ERIC LEE via gazetadopovo.com.br
Com a visita de Witkoff, Washington tenta reunir dados de campo para formular uma estratégia que viabilize o envio regular de comida e material médico aos civis palestinos. Ainda não há prazo para a apresentação desse plano.
Com informações de Gazeta do Povo