O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, que as forças russas avançam “em toda a linha de frente” na Ucrânia, incluindo as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhya e Kherson. A declaração foi dada durante visita ao mosteiro de Valaam, no noroeste do país, e ocorreu sem qualquer resposta ao ultimato de dez dias imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pôr fim ao conflito.
Putin avaliou “positivamente” a terceira rodada de negociações de paz realizada em Istambul, destacando a recente troca de prisioneiros acordada com Kiev. Segundo ele, o governo ucraniano reagiu favoravelmente à proposta russa de criar três grupos de trabalho – político, militar e humanitário – que atuariam de forma virtual.
Negociações e prazo dos EUA
Desde 14 de julho, o líder russo não comenta o prazo estabelecido por Trump. O presidente norte-americano anunciou na quinta-feira (31) que seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, seguirá para Moscou após visita à Faixa de Gaza, a fim de discutir o impasse. Caso o Kremlin não cesse as hostilidades até 7 de agosto, Washington ameaça impor sanções e tarifas adicionais.
Afirmações sobre o campo de batalha
Putin mencionou ainda a suposta captura do estratégico bastião de Chasiv Yar, em Donetsk, “há vários dias”, informação negada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele também comentou declarações atribuídas a Zelensky de que não haveria sentido negociar com Moscou até uma mudança de regime: “Se os dirigentes da Ucrânia acham que este não é o momento, estamos dispostos a esperar”, disse.

Imagem: Isabella de Paulacom Agência EFE via gazetadopovo.com.br
Reação de Belarus
Ao lado de Putin na visita religiosa, o líder de Belarus, Aleksandr Lukashenko, criticou o posicionamento de Trump. “Se quer paz, deve agir com cautela ao entrar em um acordo; dar ordens não funciona”, afirmou.
Com informações de Gazeta do Povo