Em visita oficial a Washington, o senador Marcos Pontes (PL-SP) declarou nesta quarta-feira (30) que a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro não deve ser utilizada como argumento nas negociações contra a tarifa de 50% que os Estados Unidos pretendem impor a produtos brasileiros.
“Todo mundo sabe que eu defendo o presidente Bolsonaro e a liberdade no Brasil, mas esse ponto não será alterado por meio de taxação ou tarifa”, afirmou Pontes em entrevista coletiva concedida ao lado de parlamentares de diferentes partidos.
A comitiva brasileira, liderada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), reuniu-se com congressistas norte-americanos e representantes do setor privado. Segundo Pontes, embora não haja expectativa imediata de suspensão da medida, foi possível abrir caminho para futuras conversas que atenúem impactos em segmentos específicos.
O grupo conta com senadores do PL, PP e PT e viajou após aprovação unânime do Senado. O objetivo é sensibilizar autoridades dos Estados Unidos sobre possíveis efeitos negativos da nova alíquota.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) ressaltou que a missão priorizou “abrir portas” e “quebrar o gelo” com empresas e órgãos governamentais. “Queremos que o tema chegue à Casa Branca e ao Departamento de Comércio americano”, disse. Ela relatou que outras pautas, como preocupações ligadas ao mercado de óleo, também foram discutidas, já que mobilizam tanto democratas quanto republicanos.
Tereza Cristina destacou que o processo está em fase inicial. “Precisamos aguardar para saber se a taxação será aplicada, se haverá prorrogação de prazo ou se a medida será revogada. Isso não se resolve depois de amanhã; na verdade, começa depois de amanhã”, concluiu.
Anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, a tarifa de 50% está programada para entrar em vigor nesta sexta-feira, 1º de agosto.
Com informações de Direita Online